O Amor Que o Vento Não Levou
A vida que eu levava…
Destruiu a relação mais linda que já vivi.
Os anos passaram, mas um dia,
A saudade bateu.
E eu caí em mim…
Caí na lembrança desse amor
que ainda arde como brasa viva dentro de mim.
Fomos apaixonados.
Os beijos, carinhosos e ardentes.
A fome de amar nos guiava,
desafiando leis da química e da física.
Ela me amava,
e eu também a amava.
O tempo passou,
mas o amor não se ausentou.
Sua imagem ficou cravada em minha memória.
Vivi outros relacionamentos,
mas o amor,
esse, permaneceu fiel ao passado.
Dias atrás, despertei
com pensamentos frenéticos,
e o coração disparado.
A vontade de versejar gritou em mim,
como quem pede socorro ou recomeço.
Hoje, homenageio esse amor.
Esse amor que o tempo não apagou,
que o vento não levou,
e que sigo esperando,
que o mesmo vento sopre novamente em minha direção,
para vivê-lo com toda emoção
e devoção
que sempre me manteve vivo.
Neide Rodrigues
Nota da autora:
Esta prosa poética nasceu da escuta sensível da história real de amor vivida por um amigo.
A ele, minha gratidão por confiar em mim; e à poesia, minha eterna devoção, por permitir que o sentimento de alguém ganhe asas nas palavras.