812/2025 - Do Cativeiro à Compreensão do Amor
Do Cativeiro à Compreensão do Amor
Inspirado em bate papo com João Medeiros
De pés descalços, vivi o chão frio da prisão a dois. Atração física, rotina entre quatro paredes, ciúmes, chantagens, medo de perder... tudo isso era chamado de amor, mas não passava de dependência. E dependência gera dor. E a dor, por essência, jamais pode ser amor.
Aprendi vivendo: amor não aprisiona, amor não fere. Muitos de nós, com antenas elevadas, ainda estamos distantes da verdade — confundimos apego com afeto, controle com cuidado, posse com paixão.
João Moreno escreveu:
"Quando digo 'eu te amo', é apenas a emissão fonética de três palavras. Não há sentimento."
Porque o amor verdadeiro não se limita à fala. É a mais elevada forma da sensibilidade humana — exige maturidade, empatia, compaixão universal. Só ama quem compreende que amor não se restringe a um ser. Quem ama de verdade, ama em essência, e diz "eu te amo" com a mesma serenidade a qualquer ser humano.
Hoje, estou livre da dor. Aquela dor que alguém, um dia, me causou. E foi o tempo quem apagou.
Não guardo mágoas. Apenas aprendi: amor que machuca não é amor, é carência mal curada, desejo mal compreendido, ego mal resolvido.
Neide Rodrigues
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 13/07/2025
Alterado em 14/07/2025
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