Dia Estadual da Literatura Potiguar
Hoje celebramos a força da palavra,
Dos que escrevem com a alma,
Dos que, com tinta e papel, transformam tudo em poesia,
História em memória, amor em eternidade.
Salve os escritores da nossa terra,
Poetas, romancistas, contistas e cordelistas,
Que guardam no peito a chama da cultura potiguar
E espalham, com orgulho, as raízes do nosso chão.
Onde o cordel floresce em cada feira e esquina,
Com ritmo e rima na voz nordestina.
A poesia pulsa em cada gesto e olhar,
Nas páginas simples que sabem encantar.
Terra de Nísia Floresta, mulher à frente do tempo,
Que deu voz à educação, à justiça e à igualdade;
De Luís da Câmara Cascudo, guardião da nossa identidade,
E de Zila Mamede, voz lírica que cantou o mar e a solidão.
De Dona Militana, guardiã da tradição e do verso,
Que recitou o mundo em seu universo,
Voz potente do romance e do sertão,
Fez da oralidade pura expressão.
De Deífilo Gurgel, que eternizou o folclore em canção,
E de Homero Homem, que, com poesia e precisão,
Escreveu contos, novelas e versos juvenis,
Como no romance Cabra das Rocas, símbolo do nosso país.
De Manoel Rodrigues de Melo, memória viva no papel,
Poeta, escritor, do Vale do Açu, cronista fiel,
Que escreveu com talento e paixão,
E fez da cultura sua nobre missão.
De Diógenes da Cunha Lima, palavra firme e serena,
Que exalta a cultura com alma da verbena.
Poeta do baobá, do tempo e do saber,
Que honra a terra potiguar em todo o seu escrever.
Salve também os novos nomes que florescem,
Com livros, blogues, saraus e redes sociais,
Que mesmo nestes tempos digitais,
Resistem, persistem, e os versos prosseguem.
E viva a Academia de Letras de Canguaretama,
Que mantém viva a memória, a história e a chama!
Guardando com orgulho o legado do saber,
E abrindo caminhos para a cultura florescer.
A todos que semeiam saber e emoção,
Nosso respeito, aplauso e gratidão:
Vocês são a alma viva da cultura do Rio Grande do Norte
Voz que ecoa altiva, ancestral e forte.
Neide Rodrigues (Revisão profª Lúcia Cordeiro)
09 de julho de 2025