Sete Razões para Nunca Te Esquecer, Joselita
Homenagem póstuma à minha mãe
Minha mãe, Joselita, nasceu num dia muito especial: 7 de julho.
O número 7, para muitos, é apenas um algarismo.
Mas, para mim, será sempre o símbolo da mulher extraordinária que me deu a vida.
Sete…
Número sagrado, bíblico, envolto em mistério e luz.
O mesmo número que colore o arco-íris com suas sete cores, anunciando esperança após a tempestade.
Assim foi a senhora na minha vida: cor após a dor, paz depois do medo.
Os sete dias da semana regem o tempo, mas nenhum dia jamais foi igual sem a sua presença.
O mundo foi criado em sete dias, dizem as Escrituras — e Deus, com certeza, caprichou quando lhe deu forma.
A senhora nasceu no 7 de julho, data marcada por um número que carrega em si o sagrado.
Sete… número da criação, da aliança, da perfeição.
Um sinal de que não viestes ao mundo por acaso, mas como parte de um plano divino.
Em sua existência, a senhora refletiu exatamente isso: sabedoria, luz e completude.
A música, que tantas vezes embalou nossos momentos, se compõe de sete notas:
Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si…
E cada uma delas me lembra o tom da sua voz, a melodia do seu conselho, a harmonia do seu colo.
As Escrituras falam dos sete anjos, das sete pragas do Egito...
E a tradição cristã nos apresenta os sete pecados capitais — caminhos de erro que nos alertam para a busca do bem.
Mas a senhora, minha mãe, foi a oitava maravilha, minha razão sem medida.
Anjo em terra, agora, estrela no céu.
O número sete está em tudo que é eterno e essencial.
Assim como a senhora está em mim.
Seu amor não se apaga.
Sua lembrança não esmorece.
Sua luz, Joselita, brilha onde os olhos não veem, mas o coração sente.
Obrigada por cada gesto, cada palavra, cada silêncio que me ensinou mais do que mil livros.
A senhora partiu da Terra, mas permanece no tempo.
E eu, com gratidão e saudade, celebro sua vida — sempre marcada pela perfeição do número sete.
Com amor eterno,
Neide Rodrigues