787/2025 - No Silêncio do Fim
No Silêncio do Fim
Neide Rodrigues
Vivemos buscando presença e calor,
Aplausos, abraços, promessas de amor.
Mas quando a vida se curva ao final,
É o silêncio que chega — frio e fatal.
Sento à janela, a observar
A noite de inverno devagar chegar.
O corpo resiste, a alma suplica,
E a dor do abandono, mais fria, fica.
A alegria se esvai como a névoa no ar,
E tudo que fomos começa a calar.
Nenhuma voz, nenhum leve aceno,
Só o vento, o vazio, o sereno.
E nesse instante, lembro da partida:
Talvez reste a paz, talvez reste a vida,
Espalhada em silêncio, em forma de bem,
Pois o amor que ofertamos... retorna também.
Natal, 27 de junho de 2025
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 29/06/2025
Alterado em 03/07/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.