Ferida que Não Sara
Neide Rodrigues
O preconceito é praga que corrói,
Não escolhe cor, idade ou lugar.
Instala-se no peito e não se vai,
Ferida aberta que insiste em sangrar.
É olhar torto, é silêncio que julga,
É palavra dura sem razão.
É uma muralha que o ódio cultiva,
Separando coração de coração.
Quem sofre carrega o peso calado,
Um grito contido na escuridão.
E quem propaga esse mal enraizado,
Não percebe que fere a própria mão.
Preconceito é doença da alma,
Precisa de cura, precisa de luz.
Que o amor nos invada com calma,
E a empatia nos guie à cruz.
Pois só quando o amor for verdade,
E o respeito for lei em todo lugar,
Veremos, enfim, a humanidade
Deixar a ferida, enfim, sarar.
Natal, 10 de junho de 2025.