Alma Madura, Espírito Livre
Neide Rodrigues
Cabelos com prata, mas passos de fogo,
No olhar, horizontes que ainda reluzem.
Têm pressa de vida, de sonhos, de jogo,
E amores que em sua essência conduzem.
Não usam bengalas, mas asas no peito,
Trocando receitas por livros e mapas.
Nos ombros, memórias; no corpo, o respeito
Por cada cicatriz que o tempo lhes grava.
Dizem que envelhecer é pausa e demora,
Mas dançam entre risos, brisas e cor.
E se são potiguares, ao som do forró,
Bailam com alma, paixão e calor.
A idade? Apenas um traço no papel.
Vivem voando por rotas abertas.
São mestres de si, donos do próprio céu,
Com vontades vivas, almas despertas.
Não cabem nos moldes de antigamente,
Pois moldam o tempo com leveza e graça.
Ser sexalescente é ser diferente:
É viver intensamente enquanto a vida passa.
Neide Rodrigues, 04 de junho de 2025
Inspirado num texto de minha autoria, datado de, 11/02/2025.