Amor que Desperta

A mente não para — é energética demais,
vai do infinito das estrelas
à profundeza do mar,
numa dança leve,
na melodia serena do vento,
que rodopia no encontro do sul com o norte,
como dois amantes guiados pelo destino,
que se encontram sem hora,
e se reconhecem no silêncio das mãos.

Há um quê de loucura sagrada,
de quem não busca razão,
mas ouve a voz da alma —
e se entrega
ao tanto de emoção
que pulsa no tempo,
ecoando entre mundos,
sem precisar pedir perdão por nada.

O amor, esse sopro dos astros,
desperta o que dorme,
tira o tino da gente
e nos leva além do visível.
Mas é preciso fincar raízes na fé,
alimentá-lo com verdade,
pois se a inveja sussurrar entre sombras,
o brilho do encanto se apaga,
e o mistério da magia se desfaz.

Neide Rodrigues
15 de maio de 2025