Poetisa Neide Rodrigues
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702/2025 - Reflexão: Entre Aproximações e Distâncias

 

Reflexão: Entre Aproximações e Distâncias

 

 

Desistir, por vezes, é o primeiro pensamento quando o coração se cansa de tentar.

Mas há uma centelha divina em nós — a essência de Deus — que sopra vida nova sobre nossas feridas silenciosas.

Essa força invisível nos ergue mesmo quando não sabemos mais como continuar.

 

Existem pessoas que se conectam com naturalidade, quase como se o mundo as chamasse para dentro dele.

E há outras, como eu, que quanto mais buscam, mais parecem afastar.

Não por falta de amor ou vontade…

Mas talvez por carregar um coração que sente demais, que exige verdade, reciprocidade, profundidade.

 

Talvez eu ame com intensidade rara num tempo de laços frágeis.

Talvez minha entrega assuste quem só conhece o raso.

Ou talvez, por medo de ser ferida, eu mesma me recolha antes de me permitir florescer ao lado de alguém.

 

Já me questionei inúmeras vezes.

"Por que não consigo manter por perto quem um dia me sorriu com ternura?"

E não encontrei respostas exatas.

Mas compreendi que nem tudo precisa de justificativa para ser aceito com amor e compreensão.

 

Pode ser que eu esteja num caminho de aprendizados silenciosos,

onde a solidão momentânea ensina mais do que qualquer presença vazia.

E que minha sensibilidade, ainda que pareça um fardo, é dom — um olhar de alma para alma.

 

Aprendi que há beleza até no afastamento,

quando ele nos aproxima mais de nós mesmos e de Deus.

E que as relações verdadeiras não se rompem com o tempo,

porque nascem no coração e se firmam no espírito.

 

Se eu sou difícil de manter por perto,

é porque levo comigo a verdade,

e a verdade, às vezes, incomoda…

Mas também liberta.

 

Sigo caminhando, com fé,

sabendo que as conexões certas reconhecerão meu valor,

e permanecerão — não por conveniência,

mas por afinidade de essência.

 

Neide Rodrigues, 14 de maio de 2025

 

 

Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 14/05/2025
Alterado em 27/05/2025
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