688/2025 - Depois do Fim... Um Recomeço, Talvez
Depois do Fim... Um Recomeço, Talvez
Neide Rodrigues
Amores surgem, depois se vão,
Como ondas que beijam a imensidão.
Na praia quieta, o coração fala,
Sob o luar, a alma se cala.
Sem planos, sem promessa feita,
Foi só a vida, tão imperfeita.
No silêncio de um adeus sutil,
Tudo perdeu o seu perfil.
Disse-me, com ternura contida:
“Nosso amor já não tem saída.”
O que foi fogo virou brasa fria,
Vidas sem rumo, na ventania.
Tentamos fingir que havia amizade,
Mas faltou-nos sinceridade.
Quem sabe, na curva do tempo,
Reencontre em ti algum alento?
E então veremos com brandura e lucidez,
Que há vida ainda depois do fim...
Um recomeço, talvez,
Com leveza no olhar e paz, enfim.
Neide Rodrigues
Natal, 6 de maio de 2025
*Escrevi esta poesia como um sussurro da alma, um desabafo sereno sobre o fim de um amor que, mesmo encerrado, deixa rastros de ternura, dúvida e memória. Em cada verso, traduzi a dor do adeus, a fragilidade das promessas e a esperança sutil de um reencontro no tempo. "Depois do Fim... Um Recomeço, Talvez" é uma reflexão sobre os afetos que não morrem — apenas se transformam.
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 06/05/2025
Alterado em 06/05/2025