Tô levando a vida sem você,
Doer, dói, mas nada mais posso fazer.
O vazio que ficou me faz perceber,
Que o tempo não apaga o querer.
Os dias passam, a saudade cresce,
O coração teima, e a razão me enfraquece.
Agora é só roer, pedaço por pedaço,
Dos sonhos partidos, do nosso abraço.
Tantas noites frias, sem tua voz,
O silêncio ecoa, somos só nós.
Eu e a lembrança, teu semblante a me acompanhar,
Na trilha incerta de aprender a amar.
Se o destino quiser, talvez um dia,
Nos cruzemos de novo, em outra poesia.
Mas por agora, sigo a caminhar,
Levando a vida, aprendendo a suportar.
Neide Rodrigues, 30 de dezembro de 2024.