A Mesa do Poeta
Sobre a mesa de madeira rústica, tão antiga,
Repousa um livro, com suas páginas de vida.
Levemente amareladas pelo toque do tempo,
Guardam segredos, sentimentos em movimento.
Ao lado, uma pena de escrita descansa,
Com um tinteiro, que à tradição se lança.
Ali, poesia e silêncio se encontram,
Enquanto suaves versos do livro se levantam.
Pela janela aberta, o crepúsculo invade,
Com nuvens rosadas, trazendo a suavidade.
É a natureza que inspira o coração,
No sereno convite à contemplação.
Os versos flutuam, ganham forma no ar,
Como se da alma do poeta fossem brotar.
Cada linha, um eco de pura emoção,
Desenhando na brisa a mais doce canção.
E assim, na mesa do tempo e da inspiração,
A poesia se ergue, viva em sua criação.
Um reflexo da vida, da paz, do amor,
E do infinito poder de um sonhador.
Neide Rodrigues, 24 de setembro de 2024