Devaneios

Não careço de tua crença no meu amor,
Basta-me amar-te, fiel, do meu próprio jeito.
Esquece as palavras que o vento levou,
E vê nos meus olhos o que é perfeito.

Todo o resto? Ah, são meras migalhas,
Insignificâncias que o tempo dissolve.
Assim, entre nós, que a paz se espalhe,
E em silêncio, nosso amor se resolve.

Se ao menos pudesses sentir o que sinto,
Nas entrelinhas desse meu desejo mudo,
Saberias que, em ti, meu ser faminto,
Encontra no silêncio a resposta de tudo.

Neide Rodrigues, 20/11/2019, às 6:43h
Publicada em 16 de setembro de 2024