472 - AO DESCONHECIDO AMOR
Ao Desconhecido Amor
Despreparada, sempre estive a sentir,
As emoções que a vida insiste em me trazer,
Segundos, minutos, os dias a me consumir,
E só agora percebo o preço de te querer.
Tu me entonteces, adoças minha existência,
Tantos tentaram me domar e falharam,
Eu te esperava, mesmo na indecência
Do amor que, silencioso, aos poucos me encontraram.
Como a abelha busca o néctar da flor,
Preciso de ti para a vida me sorrir,
Tenho nadado nas águas do dissabor,
Lágrimas derramadas, tentando resistir.
Meu coração teimoso insiste a clamar,
Teu nome, que desconheço, ecoa na solidão,
Nas noites mal dormidas, emoções a guardar,
Preso estou a algo sem direção.
Preciso de ti, vem me resgatar,
Desse vazio, desse tormento sem fim,
Pois só teu amor pode me libertar,
E devolver à vida o sorriso em mim.
Neide Rodrigues, 08/1992
Publicada em 15 de setembro de 2024
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 15/09/2024
Alterado em 15/09/2024