"Amor em Seus Labirintos"

Te amo, mas temerosa, retenho este amor,
Com medo das palavras ásperas que possam vir,
Que podem manchar este sentimento puro e ardente,
Que em mim pulsa com intenso vigor.

Entreguei-me, corpo e alma, a este amor instável,
Que escorrega das minhas mãos com facilidade,
Efêmero e volúvel, prazeroso em suas mudanças,
Desafiando minha paz com suas variações repentinas.

Nunca experimentei tanta felicidade,
Quando me fizeste sentir-me verdadeiramente mulher,
Pensei que morreria de prazer,
Tua presença envolvia-me com uma doçura imensa.

Pouco a pouco, seduziste meu ser inteiro,
Com carinho que desvendava novos caminhos,
Adormecemos na ternura avassaladora,
Oh, amor, quanta loucura!

Problemas, preconceitos e o mundo à parte,
Vivamos intensamente, mesmo sem plena aceitação.
Mesmo diante dos desafios e da rejeição,
Nosso amor persiste, vibrante e fiel.
Em cada toque, em cada instante,
Vivemos a plenitude do amor, mesmo sem aplausos do mundo.

Neide Rodrigues, 15 de setembro de 2024
(Poesia de  14/07/1981. reformulada)