Memórias de Pai
Nas noites calmas, voo no pensamento,
E a tua falta invade o peito meu.
Relembro o tempo em doce movimento,
No silêncio da noite, em devaneio teu.
A saudade ontem bateu mais forte,
Lembrei do teu sorriso a iluminar,
Aquele olhar, tão franco e de boa sorte,
Que a lágrima fazia sempre brilhar.
Oh, meu pai, tantos anos já se foram,
Mas em minha lembrança estás presente.
Nos dias, as memórias me socorrem,
De tudo o que vivemos, tão intensamente.
Hoje, ao fechar meus olhos, te revejo,
Sinto o carinho teu a me guiar.
E sigo firme, com a fé no ensejo,
De um dia novamente te encontrar.
Neide Rodrigues, 02 de setembro de 2024.