Doce caipira  

Nascida na Penha, sou brega e serelepe,
Caipirona nos modos, alegre como o alvorecer,
Meu jeito simples, meu riso é meu melhor laço,
Entre rimas e prosas, a vida é um doce prazer.

Percorro o caminho dos sonhos dispersos,
Entre rimas que ecoam no ar,
Meus versos são pontes de sentimento,
Caminhos que me levam a te encontrar.

Se recito meus versos, adversos ao tempo,  
Descrevo emoções num eterno alento,  
Palavras que fluem, sinceras, sem medo,  
Expressão da alma, num poema sem segredo.

Amar é cafonice, e eu amo ser cafona,  
Entre laços e abraços, na vida que entona,  
Nos gestos simples e sinceros, sem censura,  
A beleza está no amor, que não tem moldura.

Neide Rodrigues, 22/06/2021