213 - NILZA, IRFMÃ MODELO
Nilza. Irmã Modelo
Minha irmã querida, tão amada,
Hoje se encerra um ciclo, outro se inicia,
Estamos em festa, o coração exulta,
Como há tempos não se via.
Teu sorriso, sempre radiante,
É o cartão postal da nossa infância constante.
Quando nasceste, o céu se fez mais azul,
A passarada em coral anunciava tua chegada,
O pastoril, com o cordão azul e encarnado, te saudava,
E mestra e contramestra, de mãos dadas, dançavam.
A borboleta, os pastores e pastoras, todos,
Num só tributo, celebraram tua vinda com muitos louros.
Naquele dia, uma mãe jovem e protetora,
Maravilhada, te recebeu em braços ternos,
Na casa junto à estação, onde a primavera parecia eterna,
Alva como a neve, de cabelos negros, tua beleza sincera.
A mungubeira, paciente, aguardou,
Para que explorasses seus galhos ao entardecer,
Foi ali, sob sua sombra, que, ansiosa, esperavas,
A chegada de novos membros, e a família prosperava.
Cresceste. Adolescente, adulta, enfim madura,
Fizeste-te mãe, e das boas, sem censura.
Para nós, teus irmãos, sempre foste protetora,
A todos amparas com carinho e ternura.
Minha homenagem a ti, que me esperaste ao nascer,
Nilza, doçura em pessoa, aqui poetizo neste vinte e seis de março,
Parte dessa história não vivi, mas ouvi com fervor,
Que bênçãos te sejam derramadas, querida irmã, com todo meu amor.
Neide Rodrigues, em 26/03/2020 às 13:25h
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 26/03/2020
Alterado em 23/09/2024