148 - ONDE OS BOÊMIOS SE ENCONTRAM
Onde os Boêmios Se Encontram
Homenagem ao Bar do Coelho
No coração da cidade,
na catedral da boemia de Natal,
um reduto tradicional,
onde o poeta se encontra com a felicidade.
Um bar, o Coelho como símbolo do lugar,
assado, frito, torrado — um prato peculiar,
noites embaladas por canções nostálgicas,
e a companhia única de quem ali vai celebrar.
O som do cavaquinho destaca-se no chorinho,
Melodia que envolve e embala o carinho.
Que boêmio, do interior ou da capital,
Não passou por esse espaço essencial?
Quem não conhece os irmãos?
Sempre presentes, testemunhas de tantos verões.
Saudades dos tempos de outrora,
Dos boêmios que ali se reuniam, em suas memórias moram.
Choram aqueles que partiram para além do infinito,
Rubão, Galego pintor, nesta poesia eu cito.
Na boemia de Natal, encontro e lembrança,
Onde a amizade se cultiva e em verso se lança.
"Sexta da Boemia", um evento transcendental,
Onde o antigo e o novo se abraçam em ritual,
A cultura vive, cresce e se eterniza,
Nesse bar, onde a vida se eterniza.
Neide Rodrigues, Natal, 17/09/2019, às 13:30
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 17/09/2019
Alterado em 23/09/2024