Neide Rodrigues Poetisa Potiguar
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92 - O AMOR NÃO MORRE, HIBERNA
O Amor Não Morre, Hiberna.

Não sou a dona da verdade,
Mas peço que venhas pensar,
Eu não sou a única culpada
Pelo que fez desmoronar.

Ser assim tão castigada,
De forma tão dura e severa,
Você se esquivando de mim,
Não mereço desprezo, sou sincera.

Eu o perdoo,
Não o condeno,
Pela atitude que tomou,
Mas não aceito o veneno.

Tentei, você sabe que tentei,
Fiz de tudo para te esquecer,
A pedido seu, mas não conseguirei,
O nosso amor, não pode perecer.

Esse amor tomou conta de mim,
Nada mudou, tudo continua igual,
Transparente, estampado no rosto,
Na alma, no coração, sem rival.

A saudade dói, tem dias que são piores,
Lembro de nossas conversas, de causas a efeitos,
Momentos de pura descontração,
Promessas de amor, sem pressas.

Foram cinco anos de felicidades,
E também de um oceano entre nós,
Que separava apenas os corpos,
Pois nossas almas, deram nós.

Um coração apaixonado não se engana,
Sei que o meu lugar no seu coração,
Nunca foi ocupado totalmente,
Assim como você no meu, em solidão.

Se eu acreditasse no amor de outras vidas,
Ou em almas gêmeas, diria que somos,
Por tudo o que passamos,
Continuamos e seguimos, nos amamos.

O amor pode até ter adormecido,
Quieto, sereno, mas não morreu,
Ninguém conseguiu arrancá-lo,
Nosso amor hibernou, e renasceu.

O nosso amor espera a chance para aflorar,
Manifestar-se, reacender a chama apagada,
Espera que a atitude precipitada,
Seja reparada, para juntos a gente trilhar.


Neide Rodrigues, em 17/11/2018
Reedição, 09/07/2024
Neide Rodrigues Potiguar
Enviado por Neide Rodrigues Potiguar em 17/11/2018
Alterado em 09/07/2024
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