LISBOA, SAUDADE DE TI
09 - LISBOA, Saudade de ti
Lisboa,
desejo ver-te! Deslumbrar-me, mais uma vez
com tua beleza monumental, onde tudo me fascina.
tuas ruas ladrilhadas, teus jardins ornamentais em flor!
teus cafés, onde num deles li pela primeira vez,
Presságio de Fernando Pessoa, cujos versos, me apaixonei.
Lisboa,
foi numa das suas tascas em Alfama,
que assisti os lamentos do fado português,
pela primeira vez,
momentos que me transportaram a infância,
em que ouvia Amália Rodrigues, no rádio a cantar.
Lisboa,
Saudade, das castanhas assadas, sobre tuas calçadas,
das gaivotas sobrevoando o rio Tejo, que saudade tenho!
Saudade do arco triunfal, imponente, sobre a Rua Augusta,
toda contente eu subia ao topo, donde via toda tua exuberância.
Lisboa,
onde o amor se fez, como a história da Inês,
lugar que deixei um pedacinho de mim,
saudades, dor da despedida, tão triste despedida,
sangra meu coração.
Lisboa,
testemunha de um primeiro encontro de amor,
do tanto que dei, do tanto amor que recebi,
jogado pro ar, separado por um oceano de mar,
amar como eu amei, nunca mais hei de amar!
Lisboa,
cenário que guardo na memória, lembro de cada pedacinho de lá,
desse chão que conheci, quem sabe? Um dia eu volte lá,
atravessar o oceano, desta feita para ficar, onde espero e desejo encontrar, calmaria pra minha alma e do meu coração, o eleito.
Neide Rodrigues, poetisa potiguar, Natal/RN, em 10/09/2018
Neide Rodrigues
Enviado por Neide Rodrigues em 10/09/2018
Alterado em 07/06/2019