Cadeira n⁰ 03
Patrono: André de Albuquerque Maranhão
Ao ser convidada a ocupar esta cadeira na Academia de Letras de Canguaretama, sinto-me imensamente honrada. Não apenas por ingressar em uma instituição que preserva e valoriza a cultura e a palavra escrita, mas também por ser a primeira a ocupar este assento, até então vazio. Em mim, carrego a responsabilidade e o privilégio de honrar o nome de meu patrono, André de Albuquerque Maranhão, cuja trajetória histórica inspira coragem e determinação.
Este momento marca o início de uma nova fase, onde a literatura se entrelaça com o legado de Canguaretama, minha terra natal, berço de cultura e tradição. A presença de André de Albuquerque ressoa em meu espírito, guiando meus passos como exemplo de luta e dedicação. Sua vida foi marcada por batalhas pela liberdade, e sua memória nos ensina a persistir, a não temer os desafios que surgem em nosso caminho.
Entrar para a Academia é mais do que um reconhecimento; é um compromisso. É como se as palavras ganhassem vida e peso, representando não apenas as minhas criações, mas também a continuidade de um legado literário que deve ser preservado e ampliado. E, ao lado de meus colegas acadêmicos, sei que temos a responsabilidade de manter acesa a chama da literatura em nossa cidade, levando adiante a herança daqueles que vieram antes de nós.
Aqui, as palavras ganham um significado mais profundo, transformando-se em uma ponte entre o passado e o presente, com os olhos sempre voltados para o futuro. Meu desejo é que, ao ocupar esta cadeira, eu possa contribuir de maneira significativa para a perpetuação das letras, escrevendo com o coração e a alma, tal como sempre o fiz.
Que o espírito de André de Albuquerque Maranhão, meu patrono, me inspire em cada linha que escrevo, em cada palavra que transmito. Que, ao longo dessa jornada, a literatura continue sendo um farol, guiando meu caminho e os de todos que, como eu, encontram nas palavras uma forma de vida.
Neide Rodrigues, 19 de outubro 2024