Neide Rodrigues
Oásis dos Versos e das Emoções
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O Beijo Que Não Te Dei
Data: 23/09/2024
Créditos:
Conto: O Beijo Que Não Te Dei
Poeta: Neide Rodrigues
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
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171 - O BEIJO QUE NÃO TE DEI
O Beijo Que Não Te Dei


Era uma manhã radiante quando Maria decidiu caminhar pelas ruas de sua cidade. Enquanto seguia seu caminho, seus pensamentos flutuavam em um mar de devaneios, até que, de repente, seus olhos se fixaram em José. Ele estava sentado em um banco do parque, imerso nas páginas de um livro, e a luz do sol acariciava suavemente seu rosto.

Maria sentiu o coração acelerar. Havia algo nos olhos de José que a atraía irresistivelmente, um mistério que a convidava a se aproximar. Ela sabia que o amor verdadeiro não admite meias medidas; desde o primeiro instante em que o viu, uma parte de seu ser se sentiu completamente conectada.

Por algum tempo, Maria tentou evitar os lugares que José frequentava, temendo a intensidade avassaladora de seus sentimentos. Contudo, a força desse amor era inegável, e seu coração não conseguia resistir à atração que a puxava em direção a ele. Certa vez, por um capricho do destino, os dois se encontraram em um café local. O momento parecia mágico.

Quando seus olhares se cruzaram, uma onda de emoção percorreu o corpo de Maria. Hesitou por um instante, sem saber se deveria se aproximar. Suas pernas tremiam, e um misto de nervosismo e expectativa a dominava. José olhou para ela com um sorriso suave, e isso foi tudo o que Maria precisava.

Com a voz embargada, ela se aproximou e perguntou: “Olá! Tudo bem? Posso sentar-me ao seu lado?” Seu coração batia descompassado, mas José respondeu com um olhar que dizia sim. Maria respirou fundo, ergueu a cabeça e encontrou novamente os olhos dele. Era como se o tempo tivesse parado.

Nesse instante, tomado pela coragem e pela paixão que fervilhava em seu peito, José se inclinou e, em um gesto inesperado, a beijou. Seus lábios se encontraram, e Maria sentiu o doce gosto do mel que parecia dançar entre eles. Era um beijo roubado, um beijo que jamais esqueceria, um beijo que nunca havia recebido antes, mas que agora se revelava como o clímax de toda sua imaginação. Ali, sob o brilho suave da lua, o mundo ao redor deles se desfez em uma névoa mágica.

José e Maria permaneceram juntos, saboreando a magia daquele momento. O beijo não foi apenas uma troca de carícias; foi a expressão de um amor que havia brotado silenciosamente, um amor que, mesmo antes de ser dito, já havia encontrado seu espaço no coração de ambos.

Neide Rodrigues, em 05 de novembro de 2019, às 18:35h
Enviado por Neide Rodrigues em 05/11/2019
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